segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Perder-se

Ela perdeu-se
no passar dos dias
desvaneceu-se
nas inefáveis vias
da vida, construídas
de sentimento
e fragilidade
e também fundidas
de tormento,
amabilidade
e devaneios
a atravessar
as entranhas
do ser, meios
de se darem o ar.
O transcender.
O atravessar o mar
das coisas abstratas
tão inefáveis, invisíveis
mas tão sentíveis, aladas
no céu do que apenas
pode ser sentido sem
nunca encontrar as penas
da compreensão, nem
as da explicação, sem
ao menos uma palavra
formal para as tornar
humanas ou um nada...

Apenas as respirar
contemplando
os sentires do aqui
então vestindo
o escafandro
do abstrato em si
nas linhas escritas
pelas vidas, lidas
pelo seu coração...


Emoção sem razão
ou razão que não
precisa de razão.