quinta-feira, 12 de abril de 2012

Poesia do fim do mundo

O fim do mundo
Destruição
desabar fundo
dilacerando até
as entranhas do coração...

O é não mais é?

Existência limitada
às convenções e possibilidades do social
Esperança de sonhos sepultada
pela harmonia brutal

Desilução
em tudo que ele mais acreditava
Solidão
de razões de viver... Desilusão ladra!

Traição
Bebida amarga
Seu coração
não aguenta mais nada

Ela descobriu
a falta de amor e de amizade
que ela tinha e emitiu
Oh! Facada incandescente de realidade!

Esperar e não viver
Viver a mercê
dos entrelaçamentos
dos dias que correm
Sem acontecimentos
ou arderes que socorrem

Olhos lacrimosos e desesperados
Sua casa, seus sonhos e sua família
Desmoronaram, ao som do chorar sem fim da filha,
da chuva, da terra e dos gritos indignados

Morte
de quem mais amava
Corte
no coração, no viver e na alma

Descoberta
das mentiras saídas de seus lábios
Coberta
feita de lágrimas e aprendizados sábios

Vejo os fins do mundo
dançando a melodia do fim do mundo
Vejo as lágrimas e as lástimas
criarem um um novo rio, um novo mundo

O banco vazio

Há um banco vazio
Em várias maneiras sozinho
Até que o romantismo
senta nele, com a nostagia
com o inefável e o ontologismo
no crepúsculo do dia

Na sua frente
há a construção
Na sua frente
há a continuidade
A sua frente
há a indagação
Se mais para frente
ele continuará na realidade

Ninguém senta nele não
Porque ele está longe
O ontologismo dita o não
ser mais do que é
que ao invés de poética fonte
o faz apenas um banco
não uma imensurável ponte
nem umas amostra do horizonte
... Apenas um banco

O inefável transmite
os aquilos que frutam as palavras
o sentimento inverbalizável dos que sit
no banco, com seus pensamentos, sonhos ou nadas
que estavam sentindo durante ao sentar, ares...
um dia, quem sabe... Sentimentais mares
que paradoxam com a solidão do banco
que agora está sozinho... vazio
com o seu inaudível canto

O romantismo faz
Toda a vida abstrata do banco dançar
... Uma dança que nunca se desfaz
Eterniza os sorrisos, lágrimas e o amar
que o banco conheceu
O faz real, o faz vida, o faz ser...
Ele era perto... Hoje é distante
Mas romantismo, o teu
ver o fará eternecer
como um amigo ou um amante