O fim do mundo
Destruição
desabar fundo
dilacerando até
as entranhas do coração...
O é não mais é?
Existência limitada
às convenções e possibilidades do social
Esperança de sonhos sepultada
pela harmonia brutal
Desilução
em tudo que ele mais acreditava
Solidão
de razões de viver... Desilusão ladra!
Traição
Bebida amarga
Seu coração
não aguenta mais nada
Ela descobriu
a falta de amor e de amizade
que ela tinha e emitiu
Oh! Facada incandescente de realidade!
Esperar e não viver
Viver a mercê
dos entrelaçamentos
dos dias que correm
Sem acontecimentos
ou arderes que socorrem
Olhos lacrimosos e desesperados
Sua casa, seus sonhos e sua família
Desmoronaram, ao som do chorar sem fim da filha,
da chuva, da terra e dos gritos indignados
Morte
de quem mais amava
Corte
no coração, no viver e na alma
Descoberta
das mentiras saídas de seus lábios
Coberta
feita de lágrimas e aprendizados sábios
Vejo os fins do mundo
dançando a melodia do fim do mundo
Vejo as lágrimas e as lástimas
criarem um um novo rio, um novo mundo