quarta-feira, 13 de março de 2013

Peso

O peso de suas lágrimas
Sobre os ombros
O eixo de suas lástimas
Fortes assombros

Peso da culpa
à alma, multa.

Mesmo vindo
do inevitável
AN' AI'KH indo
dilacerar a alma
Até o ponto desta
deixar de ser humana
para ser uma fresta
do sentir que emana
Ela não sabe se deve pedir desculpa
Mas mesmo assim chora enquanto
o remorso, árvore frondosa e manto
de muitos galhos e raízes, dislacera seu coração,
alma e entranhas encharcadas do sabor da culpa.
Usando xingamentos a si própria como se fossem uma oração.
e assim a forte culpa,
uma lança abstrata
a atravessar sua alma
e que então, mata
algo de seu ser e se exalta.

O peso
do qual se tem e não se tem culpa
O peso
que causa a morte em um mundo abstrato
O peso
Uma interna grande e inglória luta
O Peso
Dilacera apenas mostrando os fatos

Ela morre, ela vive, ela renasce
o peso a mata e o julgamento final
transcendente ao mundo, faz-se.
Ela atravessa o sentimento brutal
Eis uma cicatriz de sua alma atonal
a dar-lhe sangue e ao final
refazer-se em um novo ser
sem nunca se livrar completamento do peso
eis seu fardo: será sempre lembrado momento.
Mas como novo ser
aprende com ele a conviver.

3 comentários:

  1. É sempre bom ler suas poesias ;]

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  2. Muito bom seu blog, Li todas as postagens e demonstrasse o seu sentimento e seu dom com as palavras. Grande abraço e sucesso!

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  3. Rapaz, eu gostei, vum? As formas são livres, mas não deixam de criar tensões no ritmo do texto.

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