Estou cansada de tudo
Exausta de luto
Todo meu corpo dói
A conjuntura política corrói
Saudável de corpo
Doente de alma
Não tem como ficar calma
Como tanto novo morto
A cada segundo
Morte fruto de profundo
Genocídio à luz do dia
Genocídio à luz da noite
Assistir jornal é uma agonia
Que parece vinho de açoite
Embebedamo-nos de notícias ruins
Pois é o que tem em todo Brasil
Parece um cemitério de fins
que nos entorpece
embaixo de um céu de anil
Com uma podridão que fede
a corrupção, a psicopatia,
a falta de humanidade,
a inflação no mercado,
a miséria em todo lado,
a gado em histeria,
a incompetência tragicômica
um tanto vômica
que gera destruição socioeconômica.
Meu corpo sente a dor de cabeça
de tantas ruins notícias sem sutilezas.
Meu corpo sente a ressaca
de um país apodrecido.
Desempregados sem vaga.
Miséria sem abrigo.
Trabalho precarizado.
Inflação, destruição,
patrimônio cultural dilacerado.
Medo das mortes de amanhã.
Ressaca, que se sente de noite e de manhã.
Mas assim como toda ressaca
uma hora passa
Espero que essa desvaneça
com o fim de uma triste era
de tristeza e destruição à beça
como uma peça
de estupidez
engolida em um jogo de xadrez.
Apesar de saber
que as cicatrizes
são eternas
como o viver e morrer,
matrizes,
de violentas e ternas
histórias da humanidade
na eternidade.
Belo poema. Precisamos conscientizar a Classe trabalhadora, em toda via a Revolução. Parabéns Gatinha Preferida, feliz ano novo!!!!
ResponderExcluirSomos um povo dilacerado pela desinteligência determinada !
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