Azul
Azul marinho
Tão cheio de si mesmo, sozinho
Em sua
imensidão infinita
Tão cheio, tão vazio...
Vida?
Estrelas
Estrelas tristes
Estrelas alegres
Outras,
sentimentos indizíveis
Ou... de vários elas se vestem?
Brilham,
dançam,
encantam, cantam
sem saber... São tão amadas
Mas,
iluminadas
Um dia todos os sentimentos
uniram-se... Junção
de
paradoxos portentos
sacramentada pelos planetas que cantavam a
estrelar canção
As estrelas dançaram
giraram e tocaram
Toda
forma existente do sentir
Não tinha como previr
que com tanto
sentir
se chegasse a um novo sentimento
o sentimento de todas
as coisas
alegrias, ciúmes, alívios, tormentos...
Como se
pudesse ser verbalizado
o sentimento, noiva
de toda a parte
sentimental dos existires
Amado
Odiado
Até que Vires
a
junção das fragilidades inomináveis
das paixões
inalcançáveis
dos não-mundos alcançáveis
Oh! As
estrelas
conseguiram chegar ao não-existir
Voltaram ao
existir
Viveram o acima do pensar
Moraram aonde não se pode
estar
Compreenderam o incompreensível
Habitaram o universo de
outra dimensão
Foram tomadas pelo concupiscível
Quiseram
arrancar o coração
Chegaram ao viver
à razão e à verdade
dos sonhos
Mas teve um preço enfadonho
de tanto o beber
as
estrelas não aguentaram mais
dores, alegrias...
mais...tais...
Tal sentimento em sua plenitude
fortifica
degenerando a racional saúde
E, de não poder mais
aguentar
as estrelas naquele estado
O céu começou a
chorar
Expelindo o fardo
As estrelas caíram nos
planetas... Fallen stars!
invisíveis, a brilhar
Deram a cada
um
e a cada mundo
que as suspirou, até a moon
Leve ou
fundo
deu o acima do raciocinar
o sentir complexo das coisas
simples
o inextricável do amar
e a extirpação de todas as
lindes
Fez chegar ao celestial
e ao final
cada um
chorou
assim como o céu, "aquilo"
Sem perceber,
cada um cantou
com o viso
do insustentável
uma melodia
inefável
e pensaram que era tudo apenas
um sonho que luziu
sem
saber que os ventos da vida trazem e levam penas
de uma
constelação de sentires que não se sabe se existiu