quarta-feira, 13 de julho de 2011

Quando o Céu Chorou

Azul
Azul marinho
Tão cheio de si mesmo, sozinho
Em sua imensidão infinita
Tão cheio, tão vazio... Vida?

Estrelas
Estrelas tristes
Estrelas alegres
Outras, sentimentos indizíveis
Ou... de vários elas se vestem?
Brilham, dançam,
encantam, cantam
sem saber... São tão amadas
Mas, iluminadas
Um dia todos os sentimentos
uniram-se... Junção
de paradoxos portentos
sacramentada pelos planetas que cantavam a estrelar canção
As estrelas dançaram
giraram e tocaram
Toda forma existente do sentir
Não tinha como previr
que com tanto sentir
se chegasse a um novo sentimento
o sentimento de todas as coisas
alegrias, ciúmes, alívios, tormentos...
Como se pudesse ser verbalizado
o sentimento, noiva
de toda a parte sentimental dos existires
Amado
Odiado
Até que Vires
a junção das fragilidades inomináveis
das paixões inalcançáveis
dos não-mundos alcançáveis

Oh! As estrelas
conseguiram chegar ao não-existir
Voltaram ao existir
Viveram o acima do pensar
Moraram aonde não se pode estar
Compreenderam o incompreensível
Habitaram o universo de outra dimensão
Foram tomadas pelo concupiscível
Quiseram arrancar o coração
Chegaram ao viver
à razão e à verdade dos sonhos

Mas teve um preço enfadonho
de tanto o beber
as estrelas não aguentaram mais
dores, alegrias... mais...tais...
Tal sentimento em sua plenitude
fortifica degenerando a racional saúde

E, de não poder mais aguentar
as estrelas naquele estado
O céu começou a chorar
Expelindo o fardo

As estrelas caíram nos planetas... Fallen stars!
invisíveis, a brilhar
Deram a cada um
e a cada mundo
que as suspirou, até a moon

Leve ou fundo
deu o acima do raciocinar
o sentir complexo das coisas simples
o inextricável do amar
e a extirpação de todas as lindes
Fez chegar ao celestial
e ao final
cada um chorou
assim como o céu, "aquilo"

Sem perceber, cada um cantou
com o viso
do insustentável
uma melodia inefável
e pensaram que era tudo apenas
um sonho que luziu
sem saber que os ventos da vida trazem e levam penas
de uma constelação de sentires que não se sabe se existiu

2 comentários:

  1. AHHHHHHHHHHH Q LINDO *-*
    Sempre arrebentando neh mana?? o/

    Jean

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  2. Esse poema transmitiu várias sensações lindas. Foi ótimo, meu bem.

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