sábado, 29 de maio de 2010

Pensamentos que uma menina perdeu por aí

Ela não estava em seu estado normal naquele dia, mesmo que isso fosse imperceptível, ela nunca entendeu por que agira daquela maneira, ela sentiu-se mal por ter agido daquela maneira... Aquilo não deveria ter sido, mas se foi ... teve ter tido alguma razão para isso, ela pensou. Ela fechou-se em si mesma ... Nos momentos em que a tristeza a cobriu ela não gostava de ser consolada por estranhos, ou mesmo por alguns amigos, ela sempre preferia que sua única companhia em sua tristeza fosse a solidão, apesar de que muitas vezes desejasse ter o abraço silencioso de um(a) amigo(a), nesse momento ela não queria ouvir nenhuma palavra, absolutamente nenhuma palavra. Queria apenas que suas lágrimas caíssem livremente estando no conforto de um abraço amigo e na ausência deste, no conforto de um abraço solitário. Realmente ela não gostava de ouvir vários estranhos falando frases clichés que só pioravam seu estado de espírito, por melhor que fosse a intenção. Mas porque então naquele momento ela agiu daquele jeito? Ela ao ver uma garota chorando... Porque ela teve que se aproximar? Ela mal conhecia aquela menina mas algo a impulsionou a se aproximar dela. Outras pessoas estavam lá. Algo a fez querer saber o que estava acontecendo com aquela menina, querer abraçar aquela menina, querer consolar aquela menina, então quando alguma frase que saiu de seu inconsciente foi pronunciada... Ela então percebeu que estava sendo inconveniente, que estava fazendo aquilo que não gostava que fosse feito com ela... Ela se desculpou, mas se desculpou para quem? Ela saiu dali... Porque fez aquilo? Porque agiu daquele jeito? Então ao voltar a si mesma percebeu: talvez aquilo que arrancou tantos lágrimas no ano passado a fez mais sensível ao sofrimento do próximo e por isso que ela fez aquilo... Ela estava mais sensível... mais sensível... Ela sabia que aquela menina estava sendo consolada por pessoas mais recomendáveis que ela... Sentiu uma dor em seu coração por aquilo e sentiu uma dor mais forte ainda ao perceber: Quando uma pessoa pouco conhecida estiver chorando e estiver sendo consolada, ela não irá se aproximar, deixará aquela vida expelindo sua melancolia na forma de lágrimas enquanto ela continuará sua vida. Falar com aquela vida triste será apenas uma inconveniencia mesmo que doa a deixar daquele jeito.

Então ela fechou seus olhos e pensou: "Talvez por isso nossa condição humana seja sensível e fria como os entrelaços das estradas das vidas."

Então ela simplesmente voltou a fazer aquilo que estava fazendo antes daquilo... É estranho que a vida seja mais ou menos assim.

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