sábado, 29 de maio de 2010

Trindade

Sair para vida?
Sair para a morte?
Sair para os perdidos
Sair para a sorte
Sair sem rumo
Sair lento
Sair sem um único fumo
para sentir o alento
Sair sozinho
Sair acompanhado
Sair bonitinho
Voltar apanhado
Ninguém me entende
nesse mundo com tanto uso de sudário
A vela dos desesperados com azul se acende
E tristeza é algo as vezes necessário

Peguei as rosas
Deixei os espinhos
antes tão formosas
mas agora sem seu despetalar de vinhos
Os vinhos se foram
Ficaram os espinhos
que não mais afloram
os seus tristes desalinhos

Coisa de quem nada tem o que fazer
E aproveita até o último prazer
as inúteis coisas úteis
as necessárias coisas fúteis
E tudo o que um dia já foi
E tudo o que um dia será e depois se foi
Está em partida
mesmo que algo fique depois de sua ida

2 comentários:

  1. docinho, não fazia idéia (apenas uma mediana que não se compara ao que li aqui) de como você escreve maravilhosamente bem. =3
    Tô te seguindo <3

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  2. Ah eu aki tb *-*
    pqp... mto perfeito o jogo de palavras *-*

    "E tudo o que um dia será e depois se foi
    Está em partida
    mesmo que algo fique depois de sua ida"
    Profundo, mto profundo , essa é mha irmazinha *o*

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