Lágrimas
Lástimas
Flores, ramalhetes e coroas
Orações, vozes e choros que ressoam.
Um corpo que não tem mais vida
Orações e tristeza pela sua partida.
Indagações.
Quantas indagações...
Porque teve que ser assim?
Porque, afinal, teve que ser assim?
Incomformismo
É o retrato do velório
Quando em juventude e com a saúde a esbanjar
Comformismo
é o que alguns dizem, em condolencias simplórias
"A morte veio para do sofrimento libertar"
Quando em velhice, com a doença a atormentar
Roubando do corpo e da alma, a paz
Alguns pensam "Entre a vida e a morte? Tanto faz"
Enquanto outros lutam até não poder mais
Pela vida
Se agarram, apenas, enquanto a chama se desvai
À vida
Única certeza dos que ficam
Única certeza de ainda poder fazer algo
Única certeza, em relação ao mundo que habitam,
que não deixa de ser um fardo
Mas é a única certeza da possibilidade de amar
A única certeza da possibilidade de rir e sofrer
A única certeza de poder cair e levantar
A única real certeza de ... viver
Eterna indagação humana
Eterna relação incerta, vã e de esperança
Instável como a linha tênue entre o amor e o ódio
Velório
Abandono dessa certeza
Encontro de outra
A morte, a todos chega
mesmo que vida, exista outra
Tudo que era certo em nossa frágil condição
Partiu junto com a energia que dá movimento ao corpo
Para abrir a porta das respostas, descanso, paz e conforto
E para o incerto, tão quanto o atender das orações
A única maneira de aguentar
é acreditar que a alma repousa em um lugar melhor
ou algo assim...algo assim... Como um pássaro a cantar
razão que encontrou para sua existencia, o bálsamo que não o deixa só
Aos o que perderam alguém para a dona Morte
Só resta chorar e desejar sorte
Lágrimas...
Lágrimas...
Lágrimas de tristeza, de saudade,
de algum sentimento indizível... OH! Por que...esta fatalidade!?
Lágrimas de arrependimento
Pelo que não se fez e pelo o que não se disse
Eterno tormento.
Nada que, à alma, alise...
Vontade de tirar as flores que prende o corpo ao caixão
E dá um último,longo, abraço
Mesmo que para os que não entendem, não haja razão
Mas nesse abraço
derramando algo da infinita paixão...
Será que sua alma levaria um pouco dela?
A menina pensa...
Enquanto relembra da triste cena...
nunca velha
O beijo lacrimejante na pele fria
A menina vira o rosto
para não mais se lembrar daquele dia
No caso do moço,
do avô, da jovem ou qualquer outro
A partida é mesma
o caixão repousa no jazigo
ao lado das flores e das orações feitas
por familiares, amores e amigos
A cerimônia acaba.
Alguns vão e outros ficam um pouco mais, tristeza que marca
E quando o tempo e a vida ao redor, os obriga a sair. "A vida tem que continuar"
Saem. Sabendo que um pedaço do seu ser também jaz lá.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
sábado, 11 de dezembro de 2010
Jude
Eu poderia ser uma garota perdida
Mas não agora que você preencheu minha vida
Com amúsica que é meu ar,
minha força e que faz cada nota ser meu mar
de devaneios, de sentimentos, de existencia
És quase meu âmago por excelencia
Meu querido filhinho
Talvez o mundo seja um moinho
mas você faz que nele, valha a pena viver
mesmo com as maldades, os fardos e as pedras
Com você, tudo isso são meras
notas em uma melodia triste em re
Em tom menor
fazendo-me sentir melhor
minhas lágrimas melancólicas
viram melodias quase sólidas
Toda a minha dor
vira uma flor
em tonalidade de dó menor
e transposta para sol
Meu Jude
Meu belo Jude
Meu essencial
Jude
meu doce açude
demúsica vital
meu oasis
Madre
das alegrias
das melodias
da beleza dos dias
Meu querido Jude
Meu bebê amado
você é um sonho realizado
que fulge
a poesia
a filosofia
e a melodia
que existem
em cada inquietação
e em cada traço da fragilidade da humana condição
e vivem
em cada nota da canção
que sai de suas teclas, querido
e exteriorizam o todo o sentir, meu amigo
Em suas 88 teclas pode-se exteriorizar o interior
de toda a humanidade
Tocar todas as harmonias, seja em la, em mi ou si bemol
E quando estou alegre, aparecem músicas com sabor de felicidade
É como se você fosse o lapis
amúsica , a tinta e o mundo,o livro
Oh! Mas tu já sabes
que em você toco o que vivo
Oh! Como eu amo você
meu doce bebê
independente do tom
em seu som
eu bebo o essencial
a minha alma, ao meu ser
até o final
serás sempre meu bem querer
Mas não agora que você preencheu minha vida
Com a
minha força e que faz cada nota ser meu mar
de devaneios, de sentimentos, de existencia
És quase meu âmago por excelencia
Meu querido filhinho
Talvez o mundo seja um moinho
mas você faz que nele, valha a pena viver
mesmo com as maldades, os fardos e as pedras
Com você, tudo isso são meras
notas em uma melodia triste em re
Em tom menor
fazendo-me sentir melhor
minhas lágrimas melancólicas
viram melodias quase sólidas
Toda a minha dor
vira uma flor
em tonalidade de dó menor
e transposta para sol
Meu Jude
Meu belo Jude
Meu essencial
Jude
meu doce açude
de
meu oasis
Madre
das alegrias
das melodias
da beleza dos dias
Meu querido Jude
Meu bebê amado
você é um sonho realizado
que fulge
a poesia
a filosofia
e a melodia
que existem
em cada inquietação
e em cada traço da fragilidade da humana condição
e vivem
em cada nota da canção
que sai de suas teclas, querido
e exteriorizam o todo o sentir, meu amigo
Em suas 88 teclas pode-se exteriorizar o interior
de toda a humanidade
Tocar todas as harmonias, seja em la, em mi ou si bemol
E quando estou alegre, aparecem músicas com sabor de felicidade
É como se você fosse o lapis
a
Oh! Mas tu já sabes
que em você toco o que vivo
Oh! Como eu amo você
meu doce bebê
independente do tom
em seu som
eu bebo o essencial
a minha alma, ao meu ser
até o final
serás sempre meu bem querer
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Saudade - Parte I
Saudade dos tempos inocentes
dos sóis não poentes
das brincadeiras sem preocupações
e dos horizontes em vários tons
Saudades dos risos das tardes
sem entardecer
Saudade dos sonhares de martes
sem fim de anoitecer
Saudade do sentimento de infancia
onde a inocencia fazia sua estancia
e onde o borboletar não precisava fazer sentido
e onde as amarguras ainda não tinhamos lido
Saudades dos dias de desenho
e de algo de meu ser
que não mais tenho
Ó! Porque tive que crescer?
Saudade das alegrias infantis
Saudade da fofura perdida
ó, porque na vida
temos que ter tantos fins?
A menina pensa nos bons tempos
e sua Saudadade começa a dançar
com todos os passados ventos
e a ela, eles vieram chamar
Com a Saudade dançou uma valsa
e com os ventos uma desvalsa
Ela ria e ria
Junto a Melodia
Enquanto a dança fluia
e fluia
Até que a Realidade
com certa crueldade
puxou seu braço
e a tirou da dança
a colocou no passo
do fim da infancia
E a fez caminhar no mundo
de bondade e maldade até o fundo
Mas inesperadamente
Ela viu a Saudade
que sem alarde
faz a dança que sente
A menina sorriu
enquanto continou seu caminho
com o exauriu
de seu traço infantil
Enquanto enfrenta a crueldade
do mundo
culpa da Realidade;
a Saudade
com ou sem fundo
Ainda dança
nos interlúdios
como uma criança
sem lamúrios
ignorando tudo ao seu redor
dançando até ao último dó
dos sóis não poentes
das brincadeiras sem preocupações
e dos horizontes em vários tons
Saudades dos risos das tardes
sem entardecer
Saudade dos sonhares de martes
sem fim de anoitecer
Saudade do sentimento de infancia
onde a inocencia fazia sua estancia
e onde o borboletar não precisava fazer sentido
e onde as amarguras ainda não tinhamos lido
Saudades dos dias de desenho
e de algo de meu ser
que não mais tenho
Ó! Porque tive que crescer?
Saudade das alegrias infantis
Saudade da fofura perdida
ó, porque na vida
temos que ter tantos fins?
A menina pensa nos bons tempos
e sua Saudadade começa a dançar
com todos os passados ventos
e a ela, eles vieram chamar
Com a Saudade dançou uma valsa
e com os ventos uma desvalsa
Ela ria e ria
Junto a Melodia
Enquanto a dança fluia
e fluia
Até que a Realidade
com certa crueldade
puxou seu braço
e a tirou da dança
a colocou no passo
do fim da infancia
E a fez caminhar no mundo
de bondade e maldade até o fundo
Mas inesperadamente
Ela viu a Saudade
que sem alarde
faz a dança que sente
A menina sorriu
enquanto continou seu caminho
com o exauriu
de seu traço infantil
Enquanto enfrenta a crueldade
do mundo
culpa da Realidade;
a Saudade
com ou sem fundo
Ainda dança
nos interlúdios
como uma criança
sem lamúrios
ignorando tudo ao seu redor
dançando até ao último dó
domingo, 29 de agosto de 2010
Ócio
Ócio
Maldito sentimento
dócio
que atrasa o alento
Atrasa o fazer
atrasa o ser
em suas necessidades impostas
pelos passares dos dias, costas
do pensar
filosofar
Maldito ócio
que em sua docilidade
sem fóssil
me retira da sociedade
te amo
te odeio
pelos devaneios que canto
e pelo fazer que não veio
Maldito sentimento
dócio
que atrasa o alento
Atrasa o fazer
atrasa o ser
em suas necessidades impostas
pelos passares dos dias, costas
do pensar
filosofar
Maldito ócio
que em sua docilidade
sem fóssil
me retira da sociedade
te amo
te odeio
pelos devaneios que canto
e pelo fazer que não veio
domingo, 25 de julho de 2010
Maturidade
No fundo nunca vamos crescer
Totalmente
Amadurecer
lentamente
Sendo um pouco criança
Sendo um pouco adulto
Como uma fiança
Com o tempo, um pouco de luto
Quanto mais envelhecemos
Mais perto de morrer
estamos, sem remos
O tempo conta o nosso viver
e o nosso morrer
O tempo é na verdade
apenas o deslize de nossa existencia
A idade,
contrato assinado com latencia
Pode nos dar maturidade
ou apenas mais um número
Mais realidade
ou continuar sendo apenas um número
Talvez não queira sair da infancia
Mas o mundo e sua cruel realidade
chama, Adeus infancia
ou não totalmente adeus, quem sabe?
A menina olha o horizonte
e simplesmente o segue
Talvez ela conte
Talvez ela negue
Ao horizonte
vários caminhos se segue
Totalmente
Amadurecer
lentamente
Sendo um pouco criança
Sendo um pouco adulto
Como uma fiança
Com o tempo, um pouco de luto
Quanto mais envelhecemos
Mais perto de morrer
estamos, sem remos
O tempo conta o nosso viver
e o nosso morrer
O tempo é na verdade
apenas o deslize de nossa existencia
A idade,
contrato assinado com latencia
Pode nos dar maturidade
ou apenas mais um número
Mais realidade
ou continuar sendo apenas um número
Talvez não queira sair da infancia
Mas o mundo e sua cruel realidade
chama, Adeus infancia
ou não totalmente adeus, quem sabe?
A menina olha o horizonte
e simplesmente o segue
Talvez ela conte
Talvez ela negue
Ao horizonte
vários caminhos se segue
sábado, 26 de junho de 2010
O abrir de portas de um condenado
Ele abriu as portas do inferno
Visualizou seu céu interno
mesmo que de maneira tardia
Uma desarmônica amelodia
Os últimos passos foram dados
os últimos suspiros, suspirados
Restava apenas caminhar
até o final
Esperançar
afinal.
Visualizou seu céu interno
mesmo que de maneira tardia
Uma desarmônica amelodia
Os últimos passos foram dados
os últimos suspiros, suspirados
Restava apenas caminhar
até o final
Esperançar
afinal.
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Odisséia reflexiva de um ser
Perguntaram a garota
com alguma gota
de normalidade
se ela tinha maturidade
Ela respondeu
no interior de seu eu
Reflexões
Omissões
ao exterior
Amor
ou talvez algo perdido
a algo que já tenha sido
Em sua infância
ela era séria
quase uma infâmia
dúvida etérea
Uma criança que achava
que o certo era ser séria
Uma adulta que ousava
sendo quase aérea
A garota abriu os olhos
decididos olhos
Respondeu que a maturidade
independia do exterior
assim como o acumulo da idade
independe do interior
A menina saiu
separada de seu sorriso
algo de seu ser fluiu
E colocou no asilo
seu ser exterior
imaginou como seria
ser como os outros queriam; desalegria
sentiu com ardor
O que ela era?
Ela não sabia
simplesmente era
Melodia
não precisa se explicar
apenas é
Estar
Viver
Sentir
Simples e complexo assim
com alguma gota
de normalidade
se ela tinha maturidade
Ela respondeu
no interior de seu eu
Reflexões
Omissões
ao exterior
Amor
ou talvez algo perdido
a algo que já tenha sido
Em sua infância
ela era séria
quase uma infâmia
dúvida etérea
Uma criança que achava
que o certo era ser séria
Uma adulta que ousava
sendo quase aérea
A garota abriu os olhos
decididos olhos
Respondeu que a maturidade
independia do exterior
assim como o acumulo da idade
independe do interior
A menina saiu
separada de seu sorriso
algo de seu ser fluiu
E colocou no asilo
seu ser exterior
imaginou como seria
ser como os outros queriam; desalegria
sentiu com ardor
O que ela era?
Ela não sabia
simplesmente era
Melodia
não precisa se explicar
apenas é
Estar
Viver
Sentir
Simples e complexo assim
sábado, 5 de junho de 2010
Ahumanidade
Foram vários os motivos que tornaram Maria Lucia ahumana. O primeiro provavelmente foi aos 5 anos, quando ela, ao olhar na janela de sua casa, viu 6 garotos se divertindo torturando e matando um pobre cachorro vira-lata. Era um belo vira-lata, tinha pêlos de 3 cores diferentes, uma bela pelagem, tinha olhos inocententes de um ser que apenas estava começando a conhecer as maldades do mundo. O sangue do pobre vira-lata estava avermelhando o cenário, seus latidos desesperados que se misturavam com as risadas dos meninos transtornavam Maria Lucia.Em vãoela correu o mais rápido possível enquanto suas lágrimas escorriam em seus rosto infantil. O chegar na cena do crime os meninos deram a última pedrada e o cachorro deu seu último latido. Maria Lucia empurrou o menino o mais forte que seus braços infantis conseguiram e acaricinhou a cabeça do vira-lata, seus braçinhos abraçaram aquela cabeça cujos olhos que não viam mais ainda estavam abertos. Ela beijou aquele sofredor, e se perguntou em sua inocencia infatil porque ele não estava mais se movendo. Ela não conseguia entender que a linha que o segurava a esse mundo tinha sido rompida. Os meninos correram rapidamente deixando a menina a sós com o vira-lata. Seus pais, com faces preocupadas, perceberam que Maria Lucia não estava mais em casa. Ao encontrarem, ela estava com o vestido branco tornado vermelho com o sangue do vira-lata, e seus rostinho infantil duplamente vermelho, das lágrimas e do sangue. Seus pai logo a puxaram, ela queria continuar abraçada ao cachorro. Enquanto mamãe dizia: "Ele está morto, minha querida, ele está morto... não há nada que possamos fazer...". Maria Lucia gritava em soluços "Mamãe eu vi garotos batendo nele com uma pedra mamãe... Afugentei eles, achei que ele não iria morrer com as pedradas... só ficar machucado... Mas que como nos desenhos animados ele voltaria...". Sua mãe respondia enquanto a acaricinhava e aninhava em seu colo "A vida as vezes é difenrente dos desenhos... Os animais e as pessoas morrerm e vão para o céu...".
Mas aquela horrível cena nunca saiu da mente de Maria Lucia.
Aos 12 ela viu seus pais serem brutalmente assasinados quando assaltantes explodiram a porta de sua casa para roubar 10 mil reais(pois boatos circulavvam dizendo que o casal adquirira essa quantia em um sorteio). Maria Lucia só não foi igualmente assasinada porque, quando sua mãe recebeu a primeira facada, ela estava escondendo a menina debaixo da cama. Os bandidos não viram a menina.
Aquelas horríveis cenas nunca sairam da mente de Maria Lucia.
Sua guarda ficou para sua parente viva mais próxima: sua tia. Seus tios já tinham 3 filhos. Sempre trataram a garota friamente apesar de saberem o que tinha acontecido. Maria Lucia até simpatiza com sua tia, que nunca parava em casa porque trabalhava manha, tarde e noite. Mas odiava seu tio, que vivia xingado tudo verbalmente. E seus primos agiam como se ela nem existisse. Maria Lucia sentia-se completamente sozinha naquela casa. Refugiava suas lágrimas lendo e cantando. Tinha uma bela voz, mesmo que não soubesse disso. Na escola era uma garota sociável. Só tinha realmente uma garota a quem considerava amiga: Fabiola.
Aos 15, era uma garota relativamente recuperada de seus traumas. Teve 3 namorados. O primeiro a traiu com outro menino. O segundo traiu sua confiança contando um segredo que ela tinha a todos a quem conhecia. Mas sua maior decepção foi o terceiro. Quando ela estava indo a casa de seu terceiro namorado, que junto com Fabiola eram as únicas pessoas em quem ela confiava, os outros dois apesar de a trairem fortemente, ela tinha algumas discofianças... Mas não de seu terceiro namorado. Ela tinha entrado naquele amor em que ela tanto acreditara com seu corpo, alma e tudo o que ela acreditava sobre o amor. Mas ao chegar na casa dele (ela roubara uma das 3 chaves da casa sem ele perceber) para mostrar uma almofada com os dizeres "EU TE AMO" que ela mesma tinha costurado. Ao entrar na casa de seu querido namorado. Ela o viu dando uns amassos em Fabiola no sofá.
Aquela cena nunca saiu da mente de Maria Lucia.
A partir daquele momento ela virou ahumana. Não havia mais nada na humanidade em que ela acreditasse. Claro que além dos motivos já citados houve outros motivos vistos na tv e lidos nos jornais. Mas naquele momento ela perdeu todo o sentido de humanidade que havia nela. O que seria ahumanidade? É quando a pessoa deixa de ver a humanidade como algo especial. Como algo "superior". Como algo bom. E começa a ver a humanidade como algo ABAIXO dos outros animais. Porque abaixo? Os outros animais só matam para se proteger ou pela sobrevivência. Não matam por dinheiro como os humanos. Não matam por prazer como os humanos.
Ela correu para a floresta mais próxima. E os dóceis animais chegaram a ela. Com o tempo ela já havia aprendido a lingua dos animais. Ela gostava de traduzir livros do português para as diversas linguas existentes dos animais da floresta. Até que ela juntou a lingua dos animais e fez uma só: Animalês, que seria a lingua oficial da floresta. Através dos animais que migram, de forma que os humanos não percebem, o animalês logo se tornou a lingua universal por todo planeta terra. Quantos livros ela traduziu para aquela lingua. E os aniamais cada vez mais rápidos aprendiam a falar e escrever naquela língua. E eles também começaram a escrever obras literários, não ao estilo dos humanos, claro. Mas ao próprio estilo da espécie. Livros muito bons, que sabiam transmitir a dramaticidade, sensibilidade e selvageria dos animais. Os animais contantemente faziam reuniões, de escalas diferentes para que predadores e "caças" não se juntassem. Mas Maria Lucia sempre percebia "O ser humano é apenas um animal muito arrogante". Uma vez enquanto lia um dos livros de um dos seus animaizinhos da floresta. Ela começou a cantorolar. Os animais ficaram encantados com aquela bela voz.
Criou-se um coral de animais. E eles cantavam maravilhosamente. E alguns também mostraram que sabiam compor belamente. Era uma música da floresta, mas não deixava de ser bela e de ter momentos dramaticos e momentos agressivos.
Logo a sociedade animalística começou a crescer e se desenvolver... Ou pelo menos era isso que Maria Lucia achava. Logo criaram inventos tecnológicos. Logo criaram uma civilização. Logo criaram-se condutas morais, ética e outros assuntos filosóficos. Estava tudo lindo.
Mas Maria Lucia começou a perceber que os animais estavam começando a virar humanos. A ver a coisa como humanos, a ganhar humanidade. Começar a matar por coisas menores. Começar a brigar por coisas menores. Começar a tramar, trair, conspirar e logo a criar um submundo. Logo havia classes que se consideravam superiores a outras. Praticando os diversos tipo de preconceitos às outras. Eles estavam muito humanos pro gosto de Maria Lucia. Tudo estava se tornando sordido, peverso e do mesmo modo que ela via a sociedade humana. Ela queria de novo a ahumanidade.
Ela pegou todos os desenvolvimentos tecnologicos e psicológicos dos animais e os quebrou e destruiu e os levou abaixo com a ajuda de alguns que também não estavam gostando daquilo. Queria eles do jeito que os encontrara. Quando conseguiu, sorriu para a sociedade pura dos animais. Eles estavam ahumanos outra vez.
Mas aquela horrível cena nunca saiu da mente de Maria Lucia.
Aos 12 ela viu seus pais serem brutalmente assasinados quando assaltantes explodiram a porta de sua casa para roubar 10 mil reais(pois boatos circulavvam dizendo que o casal adquirira essa quantia em um sorteio). Maria Lucia só não foi igualmente assasinada porque, quando sua mãe recebeu a primeira facada, ela estava escondendo a menina debaixo da cama. Os bandidos não viram a menina.
Aquelas horríveis cenas nunca sairam da mente de Maria Lucia.
Sua guarda ficou para sua parente viva mais próxima: sua tia. Seus tios já tinham 3 filhos. Sempre trataram a garota friamente apesar de saberem o que tinha acontecido. Maria Lucia até simpatiza com sua tia, que nunca parava em casa porque trabalhava manha, tarde e noite. Mas odiava seu tio, que vivia xingado tudo verbalmente. E seus primos agiam como se ela nem existisse. Maria Lucia sentia-se completamente sozinha naquela casa. Refugiava suas lágrimas lendo e cantando. Tinha uma bela voz, mesmo que não soubesse disso. Na escola era uma garota sociável. Só tinha realmente uma garota a quem considerava amiga: Fabiola.
Aos 15, era uma garota relativamente recuperada de seus traumas. Teve 3 namorados. O primeiro a traiu com outro menino. O segundo traiu sua confiança contando um segredo que ela tinha a todos a quem conhecia. Mas sua maior decepção foi o terceiro. Quando ela estava indo a casa de seu terceiro namorado, que junto com Fabiola eram as únicas pessoas em quem ela confiava, os outros dois apesar de a trairem fortemente, ela tinha algumas discofianças... Mas não de seu terceiro namorado. Ela tinha entrado naquele amor em que ela tanto acreditara com seu corpo, alma e tudo o que ela acreditava sobre o amor. Mas ao chegar na casa dele (ela roubara uma das 3 chaves da casa sem ele perceber) para mostrar uma almofada com os dizeres "EU TE AMO" que ela mesma tinha costurado. Ao entrar na casa de seu querido namorado. Ela o viu dando uns amassos em Fabiola no sofá.
Aquela cena nunca saiu da mente de Maria Lucia.
A partir daquele momento ela virou ahumana. Não havia mais nada na humanidade em que ela acreditasse. Claro que além dos motivos já citados houve outros motivos vistos na tv e lidos nos jornais. Mas naquele momento ela perdeu todo o sentido de humanidade que havia nela. O que seria ahumanidade? É quando a pessoa deixa de ver a humanidade como algo especial. Como algo "superior". Como algo bom. E começa a ver a humanidade como algo ABAIXO dos outros animais. Porque abaixo? Os outros animais só matam para se proteger ou pela sobrevivência. Não matam por dinheiro como os humanos. Não matam por prazer como os humanos.
Ela correu para a floresta mais próxima. E os dóceis animais chegaram a ela. Com o tempo ela já havia aprendido a lingua dos animais. Ela gostava de traduzir livros do português para as diversas linguas existentes dos animais da floresta. Até que ela juntou a lingua dos animais e fez uma só: Animalês, que seria a lingua oficial da floresta. Através dos animais que migram, de forma que os humanos não percebem, o animalês logo se tornou a lingua universal por todo planeta terra. Quantos livros ela traduziu para aquela lingua. E os aniamais cada vez mais rápidos aprendiam a falar e escrever naquela língua. E eles também começaram a escrever obras literários, não ao estilo dos humanos, claro. Mas ao próprio estilo da espécie. Livros muito bons, que sabiam transmitir a dramaticidade, sensibilidade e selvageria dos animais. Os animais contantemente faziam reuniões, de escalas diferentes para que predadores e "caças" não se juntassem. Mas Maria Lucia sempre percebia "O ser humano é apenas um animal muito arrogante". Uma vez enquanto lia um dos livros de um dos seus animaizinhos da floresta. Ela começou a cantorolar. Os animais ficaram encantados com aquela bela voz.
Criou-se um coral de animais. E eles cantavam maravilhosamente. E alguns também mostraram que sabiam compor belamente. Era uma música da floresta, mas não deixava de ser bela e de ter momentos dramaticos e momentos agressivos.
Logo a sociedade animalística começou a crescer e se desenvolver... Ou pelo menos era isso que Maria Lucia achava. Logo criaram inventos tecnológicos. Logo criaram uma civilização. Logo criaram-se condutas morais, ética e outros assuntos filosóficos. Estava tudo lindo.
Mas Maria Lucia começou a perceber que os animais estavam começando a virar humanos. A ver a coisa como humanos, a ganhar humanidade. Começar a matar por coisas menores. Começar a brigar por coisas menores. Começar a tramar, trair, conspirar e logo a criar um submundo. Logo havia classes que se consideravam superiores a outras. Praticando os diversos tipo de preconceitos às outras. Eles estavam muito humanos pro gosto de Maria Lucia. Tudo estava se tornando sordido, peverso e do mesmo modo que ela via a sociedade humana. Ela queria de novo a ahumanidade.
Ela pegou todos os desenvolvimentos tecnologicos e psicológicos dos animais e os quebrou e destruiu e os levou abaixo com a ajuda de alguns que também não estavam gostando daquilo. Queria eles do jeito que os encontrara. Quando conseguiu, sorriu para a sociedade pura dos animais. Eles estavam ahumanos outra vez.
quarta-feira, 2 de junho de 2010
A História de Clarice
Era uma vez Clarice, nascida no reino Inadasis, um belo belo e rico reino. Jardins maravilhosos com plantas cortadas no formato de dançarinas, que dançavam; no formato de animais; que falavam e no formato de seres inomináveis, que faziam suas inominavidades. O céu era hora azul-brilhante-reflexivo, hora rosa-sonhador, hora branco incandescente, hora azul-escuro-sombrio-misterioso-encantador. O vento as vezes cantava e dançava uma melodia doce, as vezes cantava e dançava uma melodia agressiva e as vezes cantava e dançava uma melodia nem exatamente doce, nem exatamente agressiva nem exatamente alguma palavra existente. Ele só a cantava e dançava e não precisava criar um nome para seu estado de espírito. Era um reino com os mais variados seres, os mais variados lugares e os mais variados viveres.
Ela tinha uma bela mãe um belo pai. Seu reino era constantemente invadido por criaturas perigosas as quais ela, como uma destemida princesa tinha que enfrentar.
Mãe: - Oh não!
Chegou o oruptalyão
Com suas labaredas de fogo
Com a destruição provocada
Sem esforço
suas labaredas aladas
Crueldade que não conhece limites
Força que não conhece limites
O que faremos?
Como vai ficar o reino?
Como salvaremos?
Aqueles cujo feito
Está no coração puro
Ficarão então em apuros?
Temos que salvar nosso povo!
Das garras desse destruidor fogo!
Clarice: Não se preocupe
Minha querida mãe
Na coragem do açude
do coração que nada arranhe
Eu lutarei com esse monstro!
Em nome de nosso povo!
Matarei esse monstro!
Mesmo que preciso utilizar o osso
o esqueleto do combate
do osso que a maldade mate
E que traga a paz!
A nosso povo que sempre merece mais!
Em um combate épico com direito a luta, sangue e dor. Clarice vence mais uma batalha. E volta amada por todos. As roupas de seus combates eram de anéis de metal mas sempre estilosas. Neste ela lutou com uma armadura em formas geométricas arco-irizadas e com asas de borboletas, além de sapatos de raios-lazeres.
Lutava com monstros assustadores, com pelos menos 30 metros de altura (mas a média era 134,5 m). Combates energéticos, orquestrais e tribalíticos. As vezes ela corria tanto que voava. Bradava tanto sua espada que sua espada olhava. Sua espada ganhava vida e falava. Enquanto o céu cantava. A vitória das batalhas era comemorada com uma sinfonia de pássaros e as árvores que pessoalmente dançavam como cheerleaders e seus galhos formavam a letra da canção que os rouxinóis declamavam-cantando.
Mas seu mais difícil combate estava por vim. Seus pais vieram a ela com uma expressão austera e compreensiva. Sua mãe com a voz mais doce falou:
-Minha filha
Minha querida filha!
Temos que te enviar
Para a terra
E lá você terá
que completar uma missão
chamada vida
amanhã será a partida
Não imaginas como dói nosso coração!
Mas você nascerá em outro lugar
serás concebida
Terá que saber usar
sua lição de vida
Mas não se preocupe
Porque toda noite ao dormir
Caso o portal do sonhos você use
Você virá para aqui
Estaremos com você
minha querida
Até o amanhecer.
Seus pais lhe deram um beijo de amor na testa. Clarice estava com seus olhos estupefatos. Mas não havia nada que pudesse fazer. Então se dirigiu ao portal das coisas que na terra iriam nascer. Ela foi concebida. Sua mãe terrestre se chamava Eleonora. Estranhamente muito parecida com sua mãe de Inadasis. Pode-se dizer que Clarice não se lembra muito de seus primeiros 5 anos terrestres. Se lembrava apenas de como se sentiu estranha no seus primeiro dia de escola e como se sentiu aliviada ao voltar a Inadasis a noite; e tambéme algumas imagens abstratas que só as crianças podem ter.
Depois disso até os 12, só lembrava de quando se sentia insegura, deslocada e envergonhada na sua classe escolar. Apreciava a solidão. A solidão pelo menos era compreensiva com ela. Clarice se refugiava na música, nos livros e em Inadasis.
Aos 13 anos, o coração de Clarice sentiu algumas batidas mais fortes. Conheceu seu primeiro amor. Era um garoto sonhador, belo em seus olhos melancólicos e alegres. Tinha as fofocas das nuvens em suas orelhas. Ele e ela teriam tudo para ter dado certo. Mas algo, alguma força, alguma coisa... Seja lá o que for... Simplesmente... era algo que não deveria ser. E o coração do garoto não bateu mais forte por Clarice. Ela não chorou nem gritou. E suas lágrimas secas foram expelidas e aliviadas ouvindo o coral do bater das asas das borboletas de Inadasis cantarem. No dia seguinte estava renovada, com o coração costurado com a linha do sentimento (que não tem nome, mas o sentimento que se tem quando as coisas sofridas passam e viram memórias). Muitas vezes ela preferia estar em Inadasis do que está na terra. Mas sua mãe de Inadasis sempre dizia:
-Não podes passar mais que a noite aqui.
Ainda tem uma missão a cumprir.
Te amo minha querida
sempre estaremos aqui
quando o sono da noite fluir
virás a mim
Mas quando o sono terminar
A terra terás que voltar.
E abraçava-a junto ao amor maternal. E as 6:30 da manhã Clarice voltava, meio a contragosto através do som do despertador, à terra. Morava sozinha com Eleonora, seu pai terrestre a abandonou antes dela vir a terra. Clarice não se importava com isso, Eleonora sempre dizera que antes dela nascer o pai recebera um pacote chamado responsabilidade e como ele não tinha, ele partiu. Mas com 13 anos Clarice já sabia que ele, enquanto namorava Eleonora, simplesmente engravidara Eleonora e não quis assumir Clarice. Ou algo assim. Talvez se possa contar isso de maneira mais dramática ou mais melancólica, ou mesmo dando uma carga de compreensividade ao pai. Mas para Clarice isso pouca importava. Era assim que ela via isso e não pensava muito nisso a maior parte do tempo. Gostava muito de sua mãe terrestre, mas pouco a via, o trabalho a chamava noite e dia, 4 trabalhos ela tinha. Para dar o melhor que pudesse a Clarice.
A adolescência da Clarice... Talvez não seja necessário falar muito sobre isso. Foi meio histérica, meio melancólica, meio depressiva. Ou seja, uma adolescência normal. Diga-se que em suas crises, não via hora do anoitecer, para sonhos em Inadasis ter. As vezes grandes criaturas monstruosas tinha que corajosamente abater. E nos momentos de alegria simplesmente fazia o que seu coração expelia. E em Inadasis suas emoções de novo escapuliam. Foi tudo mais ou menos assim... Mais ou menos assim.
Até que completou 18 anos. Eleonora, com algumas economias fez uma festa para Clarice. No passar pela adolescência Clarice conheceu muitas pessoas, e conseguiu uns poucos amigos e muitos colegas com os quais tinha relações amigáveis. A festa foi alegre, divertida, inesquecível. Não porque tivesse grandes atrações ou fosse em um lugar de grande estrutura. Mas porque os anseios naturais dos jovens ali presentes fizeram o que tinham vontade. Seus corpos dançaram. Suas almas contaram piadas sem graça mas que no momento tiveram muita graça. Clarice estava muito feliz naquela noite. Quando a festa acabou, seus amigos e colegas voltaram para casa. E Clarice e Eleonora estavam fazendo isso também.
Clarice não esperava por aquele rasgo de morte em sua alma viva.
Havia sangue de Clarice no carro. Havia sangue de Clarice nas mãos de Eleonora que em seu instinto materno tentou parar o sangramento.
-Meu Deus!
Minha filha foi baleada!
Como isso foi possível meu Deus?
Uma bala perdida
Bem aqui...
Que isso não tire sua vida...
Se não...
Nunca mais irei sorrir...
Clarice estava em Inadasis. Seus pais estavam novamente austeros. Tudo lá estava silencioso agora. Não haveria nem um exato motivo para tristeza nem um exato motivo para felicidade. Apenas um momento e estar, ser e transformar.A mãe lhe proferiu:
-Oh! Minha querida!
Tivemos que fazer uma terrível escolha.
Agora tens sua vida.
Mas esta é a última vez que vens para aqui
Para salvarmos você
do rasgo da morte
Tivemos que banir
sua alma daqui
Para que seu corpo não recebesse a morte
Nunca mais poderemos te visitar em seus sonhos
Nunca mais nos verás em seus sonhos
Na terra você ficará
E torceremos para que lá
de algum modo salva e feliz você estará.
Clarice chorou, chorou e chorou. Abraçou cada habitante de Inadasis pela última vez. E quando foi abraçar e beijar sua mãe de Inadasis pela última vez, esta proferiu para consolar:
- Não se preocupes meu amor
Algo daqui continuará em seu coração
Mesmo que a vida faça esquecer, quase sem dor
o que aconteceu aqui, em seu coração
Algo daqui estará com você
Meu amor, mesmo que as lembranças não durem até o amanhecer
Algo, sem memória (talvez um sentimento) daqui estará com você.
Ao acordar, estava com Eleonora em um hospital. Sua mãe estava com um sorriso de alívio. Abraçaram-se.
Diz-se que a partir desse dia. Clarice ficou de algum jeito mais fria. Não seu sorriso, não seu coração, mas sua alma. Diz-se que ela deixou seu lado sonhador depois do tiro da realidade. Em Inadasis matava monstros, dragões e muito mais seres perigosos e fantásticos. Mas na terra não resistiu a bala que nem a ela era destinada. Alguns falam que a partir daquele dia ela ficou mais chata e previsível. Outros que ela ficou mais séria. Outros que algo nela mudou, mas que não sabiam o que. Outros que ela ficou "normal".
Mas alguns falam que ela simplesmente virou uma adulta.
Ela tinha uma bela mãe um belo pai. Seu reino era constantemente invadido por criaturas perigosas as quais ela, como uma destemida princesa tinha que enfrentar.
Mãe: - Oh não!
Chegou o oruptalyão
Com suas labaredas de fogo
Com a destruição provocada
Sem esforço
suas labaredas aladas
Crueldade que não conhece limites
Força que não conhece limites
O que faremos?
Como vai ficar o reino?
Como salvaremos?
Aqueles cujo feito
Está no coração puro
Ficarão então em apuros?
Temos que salvar nosso povo!
Das garras desse destruidor fogo!
Clarice: Não se preocupe
Minha querida mãe
Na coragem do açude
do coração que nada arranhe
Eu lutarei com esse monstro!
Em nome de nosso povo!
Matarei esse monstro!
Mesmo que preciso utilizar o osso
o esqueleto do combate
do osso que a maldade mate
E que traga a paz!
A nosso povo que sempre merece mais!
Em um combate épico com direito a luta, sangue e dor. Clarice vence mais uma batalha. E volta amada por todos. As roupas de seus combates eram de anéis de metal mas sempre estilosas. Neste ela lutou com uma armadura em formas geométricas arco-irizadas e com asas de borboletas, além de sapatos de raios-lazeres.
Lutava com monstros assustadores, com pelos menos 30 metros de altura (mas a média era 134,5 m). Combates energéticos, orquestrais e tribalíticos. As vezes ela corria tanto que voava. Bradava tanto sua espada que sua espada olhava. Sua espada ganhava vida e falava. Enquanto o céu cantava. A vitória das batalhas era comemorada com uma sinfonia de pássaros e as árvores que pessoalmente dançavam como cheerleaders e seus galhos formavam a letra da canção que os rouxinóis declamavam-cantando.
Mas seu mais difícil combate estava por vim. Seus pais vieram a ela com uma expressão austera e compreensiva. Sua mãe com a voz mais doce falou:
-Minha filha
Minha querida filha!
Temos que te enviar
Para a terra
E lá você terá
que completar uma missão
chamada vida
amanhã será a partida
Não imaginas como dói nosso coração!
Mas você nascerá em outro lugar
serás concebida
Terá que saber usar
sua lição de vida
Mas não se preocupe
Porque toda noite ao dormir
Caso o portal do sonhos você use
Você virá para aqui
Estaremos com você
minha querida
Até o amanhecer.
Seus pais lhe deram um beijo de amor na testa. Clarice estava com seus olhos estupefatos. Mas não havia nada que pudesse fazer. Então se dirigiu ao portal das coisas que na terra iriam nascer. Ela foi concebida. Sua mãe terrestre se chamava Eleonora. Estranhamente muito parecida com sua mãe de Inadasis. Pode-se dizer que Clarice não se lembra muito de seus primeiros 5 anos terrestres. Se lembrava apenas de como se sentiu estranha no seus primeiro dia de escola e como se sentiu aliviada ao voltar a Inadasis a noite; e tambéme algumas imagens abstratas que só as crianças podem ter.
Depois disso até os 12, só lembrava de quando se sentia insegura, deslocada e envergonhada na sua classe escolar. Apreciava a solidão. A solidão pelo menos era compreensiva com ela. Clarice se refugiava na música, nos livros e em Inadasis.
Aos 13 anos, o coração de Clarice sentiu algumas batidas mais fortes. Conheceu seu primeiro amor. Era um garoto sonhador, belo em seus olhos melancólicos e alegres. Tinha as fofocas das nuvens em suas orelhas. Ele e ela teriam tudo para ter dado certo. Mas algo, alguma força, alguma coisa... Seja lá o que for... Simplesmente... era algo que não deveria ser. E o coração do garoto não bateu mais forte por Clarice. Ela não chorou nem gritou. E suas lágrimas secas foram expelidas e aliviadas ouvindo o coral do bater das asas das borboletas de Inadasis cantarem. No dia seguinte estava renovada, com o coração costurado com a linha do sentimento (que não tem nome, mas o sentimento que se tem quando as coisas sofridas passam e viram memórias). Muitas vezes ela preferia estar em Inadasis do que está na terra. Mas sua mãe de Inadasis sempre dizia:
-Não podes passar mais que a noite aqui.
Ainda tem uma missão a cumprir.
Te amo minha querida
sempre estaremos aqui
quando o sono da noite fluir
virás a mim
Mas quando o sono terminar
A terra terás que voltar.
E abraçava-a junto ao amor maternal. E as 6:30 da manhã Clarice voltava, meio a contragosto através do som do despertador, à terra. Morava sozinha com Eleonora, seu pai terrestre a abandonou antes dela vir a terra. Clarice não se importava com isso, Eleonora sempre dizera que antes dela nascer o pai recebera um pacote chamado responsabilidade e como ele não tinha, ele partiu. Mas com 13 anos Clarice já sabia que ele, enquanto namorava Eleonora, simplesmente engravidara Eleonora e não quis assumir Clarice. Ou algo assim. Talvez se possa contar isso de maneira mais dramática ou mais melancólica, ou mesmo dando uma carga de compreensividade ao pai. Mas para Clarice isso pouca importava. Era assim que ela via isso e não pensava muito nisso a maior parte do tempo. Gostava muito de sua mãe terrestre, mas pouco a via, o trabalho a chamava noite e dia, 4 trabalhos ela tinha. Para dar o melhor que pudesse a Clarice.
A adolescência da Clarice... Talvez não seja necessário falar muito sobre isso. Foi meio histérica, meio melancólica, meio depressiva. Ou seja, uma adolescência normal. Diga-se que em suas crises, não via hora do anoitecer, para sonhos em Inadasis ter. As vezes grandes criaturas monstruosas tinha que corajosamente abater. E nos momentos de alegria simplesmente fazia o que seu coração expelia. E em Inadasis suas emoções de novo escapuliam. Foi tudo mais ou menos assim... Mais ou menos assim.
Até que completou 18 anos. Eleonora, com algumas economias fez uma festa para Clarice. No passar pela adolescência Clarice conheceu muitas pessoas, e conseguiu uns poucos amigos e muitos colegas com os quais tinha relações amigáveis. A festa foi alegre, divertida, inesquecível. Não porque tivesse grandes atrações ou fosse em um lugar de grande estrutura. Mas porque os anseios naturais dos jovens ali presentes fizeram o que tinham vontade. Seus corpos dançaram. Suas almas contaram piadas sem graça mas que no momento tiveram muita graça. Clarice estava muito feliz naquela noite. Quando a festa acabou, seus amigos e colegas voltaram para casa. E Clarice e Eleonora estavam fazendo isso também.
Clarice não esperava por aquele rasgo de morte em sua alma viva.
Havia sangue de Clarice no carro. Havia sangue de Clarice nas mãos de Eleonora que em seu instinto materno tentou parar o sangramento.
-Meu Deus!
Minha filha foi baleada!
Como isso foi possível meu Deus?
Uma bala perdida
Bem aqui...
Que isso não tire sua vida...
Se não...
Nunca mais irei sorrir...
Clarice estava em Inadasis. Seus pais estavam novamente austeros. Tudo lá estava silencioso agora. Não haveria nem um exato motivo para tristeza nem um exato motivo para felicidade. Apenas um momento e estar, ser e transformar.A mãe lhe proferiu:
-Oh! Minha querida!
Tivemos que fazer uma terrível escolha.
Agora tens sua vida.
Mas esta é a última vez que vens para aqui
Para salvarmos você
do rasgo da morte
Tivemos que banir
sua alma daqui
Para que seu corpo não recebesse a morte
Nunca mais poderemos te visitar em seus sonhos
Nunca mais nos verás em seus sonhos
Na terra você ficará
E torceremos para que lá
de algum modo salva e feliz você estará.
Clarice chorou, chorou e chorou. Abraçou cada habitante de Inadasis pela última vez. E quando foi abraçar e beijar sua mãe de Inadasis pela última vez, esta proferiu para consolar:
- Não se preocupes meu amor
Algo daqui continuará em seu coração
Mesmo que a vida faça esquecer, quase sem dor
o que aconteceu aqui, em seu coração
Algo daqui estará com você
Meu amor, mesmo que as lembranças não durem até o amanhecer
Algo, sem memória (talvez um sentimento) daqui estará com você.
Ao acordar, estava com Eleonora em um hospital. Sua mãe estava com um sorriso de alívio. Abraçaram-se.
Diz-se que a partir desse dia. Clarice ficou de algum jeito mais fria. Não seu sorriso, não seu coração, mas sua alma. Diz-se que ela deixou seu lado sonhador depois do tiro da realidade. Em Inadasis matava monstros, dragões e muito mais seres perigosos e fantásticos. Mas na terra não resistiu a bala que nem a ela era destinada. Alguns falam que a partir daquele dia ela ficou mais chata e previsível. Outros que ela ficou mais séria. Outros que algo nela mudou, mas que não sabiam o que. Outros que ela ficou "normal".
Mas alguns falam que ela simplesmente virou uma adulta.
sábado, 29 de maio de 2010
Melodia está sozinha
Ninguém sabe exatamente como ela foi criada/concebida/outrapalavraparaverbalizar, só se sabe que de alguma maneira ela nasceu da junção das vozes de várias pessoas na rua, e então ela foi dançante para cada ouvido humano presente mas ninguém deu atenção a ela. As pessoas estavam ocupadas. As pessoas tinham mais o que fazer. As pessoas tinha que trabalhar. As pessoas tinham que correr. E ela dançava e tentava e se enaltecia mas nada conseguia. Até que um menino acompanhado de seu violão a ouviu e com ela na cabeça ele foi para casa. Onde começou a dedilhar seu violão e Melodia ganhou arranjos e acordes. Ela ficou muito feliz com o nome que ele a deu: "Minha querida amada". Não que ele estivesse apaixonado por alguma garota naquele momento, mas como ele tinha que criar uma letra para aquela música ele decidiu criar mais uma letra de amor.
Ele mostrou "Minha querida amada" para seus companheiros de banda e todos gostaram dela. Ela ficou muito feliz por, pela primeira vez na vida ser "popularmente" amada, mas sabia que seu amor seria aquele a quem a tinha tocado no violão pela primeira vez.
-Realmente, Charlie, essa é a melhor que você trouxe até agora.
-Vamos gravá-la?
-Entre as opções que temos essa é a melhor para investimos, pois gravar uma demo é muito caro mas dividindo por nós 5 fica possível... Então a mandamos para várias gravadoras...
Assim eles fizeram, logo várias gravadoras se interessaram, entre elas uma muito grande cujo contrato eles assinaram na hora. Depois de todo um trabalho de marketing e divulgação de clipes que logo fizeram muito sucesso (eram garotos muitos bonitos e com boas músicas). "Minha querida amada" ficou nas paradas por muito tempo. E foi tocada em vários shows, ela sentiu-se glorificada por ser amada por tantas pessoas.
Mas, Charlie logo pensou em outras melodias e logo o setlist da banda tinha mudado completamente, o estilo da banda tinha perdido a inocência inicial e a crítica achou que eles estavam mais maduros. "Minha querida amada" logo se sentiu abandonada e por mais que ela tentasse entrar na cabeça de Charlie, ele estava muito ocupado criando novas melodias e novas concepções para a banda. A tornando mais inovadora e mais profunda em relação as letras. E que também faria a banda chamar mais atenção e ser ainda mais respeitada pela crítica. Ele não ouviu "Minha querida amada" sussurrar para ele... Ela entrou em depressão, ele era seu grande amor... Então desejou o mais forte que pôde que ele deixasse de lado todas as outras melodias e só se lembrasse dela.
Seu desejo, um dia foi atendido.
Depois do término de um show que foi televisado para todo o mundo, Charlie e seus amigos resolveram comemorar bebendo algumas garrafas de cerveja. Depois de alguns minutos ele estava meio bêbado. É interessante como só podemos perceber algumas coisas quando não estamos completamente lúcidos, como se a lucidez fosse uma barreira para a parte onírica de nossos pensamentos fluir... Então Charlie pela primeira vez em um ou dois anos ouviu o susurro de "Minha querida amada", percebeu que não se lembrava do quanto ela era linda e encantadora, a beleza dela o extasiou. Ele a beijou e então fez amor com ela. "Minha querida amada" tomou conta de seu ser. No show do dia seguinte não houve espaço para nenhuma outra melodia e só "Minha querida amada" foi tocada, apesar de alguns olhares estranhos, os fans se extasiaram; e apesar de alguns olhares incrédulos a banda se extasiou... Aquilo foi a glória para "Minha querida amada", o ápice do amor, da adoração e da devoção... Mas no término do show, ela percebeu que não poderia deixar as outras melodias tristes e não poderia tomar Charlie daquela forma possesiva... Então ela saiu da cabeça dele e decidiu deixá-lo livre, quando ele a quissese tocar, ele a tocaria.
Ela foi dançando na multidão e sempre alguns a notavam e também a amavam... Poderia demorar algum tempo, mas Charlie nunca a esquecia de tocar-la de vez em quando, o que era a maior alegria para ela. Mas quando ele não a tocasse ela sairia no cantarolar de uma criança, no sussurro choroso de uma adolescente ou no violão de um jovem iniciante.
Charlie era mortal, "Minha querida amada" não e ela tinha que conviver com isso.
Melodia está na boca de todos
Melodia está no coração de todos
Melodia no fundo está sozinha
enquanto é tocada em vários aparelhos de sons
"Minha querida amada" é cantarolada por um andorinha
é tocada em várias ações
Por todos
Por vários
Mas no fundo sempre sozinha
Ele mostrou "Minha querida amada" para seus companheiros de banda e todos gostaram dela. Ela ficou muito feliz por, pela primeira vez na vida ser "popularmente" amada, mas sabia que seu amor seria aquele a quem a tinha tocado no violão pela primeira vez.
-Realmente, Charlie, essa é a melhor que você trouxe até agora.
-Vamos gravá-la?
-Entre as opções que temos essa é a melhor para investimos, pois gravar uma demo é muito caro mas dividindo por nós 5 fica possível... Então a mandamos para várias gravadoras...
Assim eles fizeram, logo várias gravadoras se interessaram, entre elas uma muito grande cujo contrato eles assinaram na hora. Depois de todo um trabalho de marketing e divulgação de clipes que logo fizeram muito sucesso (eram garotos muitos bonitos e com boas músicas). "Minha querida amada" ficou nas paradas por muito tempo. E foi tocada em vários shows, ela sentiu-se glorificada por ser amada por tantas pessoas.
Mas, Charlie logo pensou em outras melodias e logo o setlist da banda tinha mudado completamente, o estilo da banda tinha perdido a inocência inicial e a crítica achou que eles estavam mais maduros. "Minha querida amada" logo se sentiu abandonada e por mais que ela tentasse entrar na cabeça de Charlie, ele estava muito ocupado criando novas melodias e novas concepções para a banda. A tornando mais inovadora e mais profunda em relação as letras. E que também faria a banda chamar mais atenção e ser ainda mais respeitada pela crítica. Ele não ouviu "Minha querida amada" sussurrar para ele... Ela entrou em depressão, ele era seu grande amor... Então desejou o mais forte que pôde que ele deixasse de lado todas as outras melodias e só se lembrasse dela.
Seu desejo, um dia foi atendido.
Depois do término de um show que foi televisado para todo o mundo, Charlie e seus amigos resolveram comemorar bebendo algumas garrafas de cerveja. Depois de alguns minutos ele estava meio bêbado. É interessante como só podemos perceber algumas coisas quando não estamos completamente lúcidos, como se a lucidez fosse uma barreira para a parte onírica de nossos pensamentos fluir... Então Charlie pela primeira vez em um ou dois anos ouviu o susurro de "Minha querida amada", percebeu que não se lembrava do quanto ela era linda e encantadora, a beleza dela o extasiou. Ele a beijou e então fez amor com ela. "Minha querida amada" tomou conta de seu ser. No show do dia seguinte não houve espaço para nenhuma outra melodia e só "Minha querida amada" foi tocada, apesar de alguns olhares estranhos, os fans se extasiaram; e apesar de alguns olhares incrédulos a banda se extasiou... Aquilo foi a glória para "Minha querida amada", o ápice do amor, da adoração e da devoção... Mas no término do show, ela percebeu que não poderia deixar as outras melodias tristes e não poderia tomar Charlie daquela forma possesiva... Então ela saiu da cabeça dele e decidiu deixá-lo livre, quando ele a quissese tocar, ele a tocaria.
Ela foi dançando na multidão e sempre alguns a notavam e também a amavam... Poderia demorar algum tempo, mas Charlie nunca a esquecia de tocar-la de vez em quando, o que era a maior alegria para ela. Mas quando ele não a tocasse ela sairia no cantarolar de uma criança, no sussurro choroso de uma adolescente ou no violão de um jovem iniciante.
Charlie era mortal, "Minha querida amada" não e ela tinha que conviver com isso.
Melodia está na boca de todos
Melodia está no coração de todos
Melodia no fundo está sozinha
enquanto é tocada em vários aparelhos de sons
"Minha querida amada" é cantarolada por um andorinha
é tocada em várias ações
Por todos
Por vários
Mas no fundo sempre sozinha
Trindade
Sair para vida?
Sair para a morte?
Sair para os perdidos
Sair para a sorte
Sair sem rumo
Sair lento
Sair sem um único fumo
para sentir o alento
Sair sozinho
Sair acompanhado
Sair bonitinho
Voltar apanhado
Ninguém me entende
nesse mundo com tanto uso de sudário
A vela dos desesperados com azul se acende
E tristeza é algo as vezes necessário
Peguei as rosas
Deixei os espinhos
antes tão formosas
mas agora sem seu despetalar de vinhos
Os vinhos se foram
Ficaram os espinhos
que não mais afloram
os seus tristes desalinhos
Coisa de quem nada tem o que fazer
E aproveita até o último prazer
as inúteis coisas úteis
as necessárias coisas fúteis
E tudo o que um dia já foi
E tudo o que um dia será e depois se foi
Está em partida
mesmo que algo fique depois de sua ida
Sair para a morte?
Sair para os perdidos
Sair para a sorte
Sair sem rumo
Sair lento
Sair sem um único fumo
para sentir o alento
Sair sozinho
Sair acompanhado
Sair bonitinho
Voltar apanhado
Ninguém me entende
nesse mundo com tanto uso de sudário
A vela dos desesperados com azul se acende
E tristeza é algo as vezes necessário
Peguei as rosas
Deixei os espinhos
antes tão formosas
mas agora sem seu despetalar de vinhos
Os vinhos se foram
Ficaram os espinhos
que não mais afloram
os seus tristes desalinhos
Coisa de quem nada tem o que fazer
E aproveita até o último prazer
as inúteis coisas úteis
as necessárias coisas fúteis
E tudo o que um dia já foi
E tudo o que um dia será e depois se foi
Está em partida
mesmo que algo fique depois de sua ida
Poesia da separação
Senti o vento
Solvi o ar
joguei seu assento
para longe do mar
Perdi seu sorriso
Ganhei meu orgulho
Não faria isso
Sem dar meu mergulho
No mar das coisas esquecidas
Onde jazem minhas lembranças sofridas
Das coisas que partiram meu coração
e que se desvaneceram nesta canção
Solvi o ar
joguei seu assento
para longe do mar
Perdi seu sorriso
Ganhei meu orgulho
Não faria isso
Sem dar meu mergulho
No mar das coisas esquecidas
Onde jazem minhas lembranças sofridas
Das coisas que partiram meu coração
e que se desvaneceram nesta canção
Teoria do protocolo 331 (mais conhecida como teoria das vitórias régias)
Algumas observações antes de começar esse post:
Decidi colocar essa história aqui, primeiro por que estou cansada de contá-la, segundo porque dá para escrever uma história com melhor narrativa(apesar de que a preguiça me impediu de a escrever melhor) e mais riqueza de detalhes e terceiro: sei lá 8D
(Agora vem a história, criada para teorizar o porquê das vitórias régias terem reserva de ar)
Há milhões e milhões de anos ... Quando ainda existiam dinossauros. Dois alienigenas estavam entediados e cansados de estudar há exatos 50 anos terrestres aquelas mesmas espécies sem muita inteligência e sem capacidade de criar histórias mais interessantes para eles terem algum entretenimento. Decidiram, então, realizar um plano: destruir parte da vida naquele planeta, pois na teoria de Utílio(um famoso cientista alienígena), que tinha sido recentemente confirmada, quando se destrói de modo físico ou químico parte da vida de um planeta, germinam outras que através de anos de evolução se tornariam muito mais inteligentes que as antecessoras. Isso partiu da mente de Sainio mas Gialia concordou (sim, são os nomes dos alienigenas que estavam estudando a terra naquele momento).
Decidi colocar essa história aqui, primeiro por que estou cansada de contá-la, segundo porque dá para escrever uma história com melhor narrativa(apesar de que a preguiça me impediu de a escrever melhor) e mais riqueza de detalhes e terceiro: sei lá 8D
(Agora vem a história, criada para teorizar o porquê das vitórias régias terem reserva de ar)
Há milhões e milhões de anos ... Quando ainda existiam dinossauros. Dois alienigenas estavam entediados e cansados de estudar há exatos 50 anos terrestres aquelas mesmas espécies sem muita inteligência e sem capacidade de criar histórias mais interessantes para eles terem algum entretenimento. Decidiram, então, realizar um plano: destruir parte da vida naquele planeta, pois na teoria de Utílio(um famoso cientista alienígena), que tinha sido recentemente confirmada, quando se destrói de modo físico ou químico parte da vida de um planeta, germinam outras que através de anos de evolução se tornariam muito mais inteligentes que as antecessoras. Isso partiu da mente de Sainio mas Gialia concordou (sim, são os nomes dos alienigenas que estavam estudando a terra naquele momento).
Sainio e Gialia falaram com o presidente da corporação dos estudos de outros planetas. O presidente achou a ideia muito boa, pois ele sempre sonhou em lançar um meteoro em algum lugar. Então a corporação mandou mais 5 especialistas para estudarem as espécies em respeito às leis de direitos dos seres viventes interuniversais: só com a confirmação de 5 especialistas, cada um de um planeta associado diferente, é que se poderia confirmar com precisão a falta de inteligência dos seres de outro planeta para poder permitir estudos científicos com os mesmos. Claro que isso, só na teoria.
Os 5 especialistas passaram 5 dias terrestres estudando as espécies, trabalho este que acharam muito fácil. Esse trabalho foi denominado pela constituição interuniversal como protocolo 331. Os especialistas estavam achando tudo muito entediante. Até que os olhos de Lainuvia brilharam. Ela chamou seus outros colegas para que eles também contemplassem sua maravilhosa descoberta: as vitórias-régias. Todos se encantaram com aqueles seres tão inteligentes. Imediatamente foi enviada a nave-mãe da corporação dos estudos interuniversais (que se encarregaria de transmitir a informação aos outros orgãos interuniversais) a existência de uma vida inteligente na terra. Todos os orgãos se posicionaram a favor da vida das vitórias régias, ao mesmo tempo que, analisando as outras formas de vida existentes, se declararam favoráveis ao lançamento de um meteoro na Terra. Os órgãos interuniversais a princípio queriam retirar as vitórias régias da terra, e depois que o meteoro fosse jogado, as reintroduzir. Mas Lainuvia teve uma ideia que todos concordarem ser melhor: se associar com as vitórias régias, pois como elas têm laboratórios internos( que dentre as várias funções que exercem, também armazenam ar para comparar o oxigênio do ar com o oxigênio da água para determinar o grau de pureza do ar, entre vários outros estudos) que então utilizariam para, através do estudo da atmosfera, perceber quando o meteoro fosse lançado na terra (pois os alienigenas as avisariam antecipadamente) e assim se protegeriam e depois, quando a atmosfera estivesse normalizada, elas poderiam voltar a sua vida normal.
Os especialistas, então, avisaram as vitórias régias sobre o meteoro que iria ser jogado na terra e perguntaram se elas queriam ajuda para se abrigarem. As vitórias régias agradeceram mas disseram que não precisariam. As vitórias régias utilizaram seus laboratórios para criar compostos químicos e físicos para "blindar" uma caverna subterrânea (a milhares de quilometros da superfície do mar, tão profunda que um humano morreria pela pressão existente já na metade de tal profundeza).
O meteoro finalmente foi lançado na terra, as vitórias régias através do estudo do ar atmosférico perceberam e então se abrigaram na caverna subterrânea. Quando as coisas melhoraram elas voltaram a superfície e à sua vida normal.
Os alienigenas queriam instalar equipamentos para o estudo do ar terrestre mas perceberam que seria caro e poderia ser descoberto ou destruído pelos terrestres. Logo viram que seria muito mais simples utilizar as vitórias régias, que estudariam o ar e mandariam as informações para eles. As vitórias régias concordaram e novamente se associaram aos aliens. E até hoje todo estudo que as vitórias régias realizam elas enviam através de seus laboratórios internos onde há transmissão direta com rede de fios extraterrestres, invisíveis a meros olhos humanos porque transmitem fragmentando microscopicamente a matéria cujos átomos se transportam em fração de microcentéssimos de segundo, e ao chegar ao sistema tecnológico de recebimento de informação dos alienígenas, os átomos se reagrupam na forma da matéria original.
Provavelmente não há nada que estudou melhor o ar terrestre do que as vitórias régias, e mesmo se um cientista abrir uma delas ao meio nunca poderá chegar aos seus estudos.
E assim se termina essa história que dura milhões de anos e continuar a se perpertuar nos dias que correm...
Os 5 especialistas passaram 5 dias terrestres estudando as espécies, trabalho este que acharam muito fácil. Esse trabalho foi denominado pela constituição interuniversal como protocolo 331. Os especialistas estavam achando tudo muito entediante. Até que os olhos de Lainuvia brilharam. Ela chamou seus outros colegas para que eles também contemplassem sua maravilhosa descoberta: as vitórias-régias. Todos se encantaram com aqueles seres tão inteligentes. Imediatamente foi enviada a nave-mãe da corporação dos estudos interuniversais (que se encarregaria de transmitir a informação aos outros orgãos interuniversais) a existência de uma vida inteligente na terra. Todos os orgãos se posicionaram a favor da vida das vitórias régias, ao mesmo tempo que, analisando as outras formas de vida existentes, se declararam favoráveis ao lançamento de um meteoro na Terra. Os órgãos interuniversais a princípio queriam retirar as vitórias régias da terra, e depois que o meteoro fosse jogado, as reintroduzir. Mas Lainuvia teve uma ideia que todos concordarem ser melhor: se associar com as vitórias régias, pois como elas têm laboratórios internos( que dentre as várias funções que exercem, também armazenam ar para comparar o oxigênio do ar com o oxigênio da água para determinar o grau de pureza do ar, entre vários outros estudos) que então utilizariam para, através do estudo da atmosfera, perceber quando o meteoro fosse lançado na terra (pois os alienigenas as avisariam antecipadamente) e assim se protegeriam e depois, quando a atmosfera estivesse normalizada, elas poderiam voltar a sua vida normal.
Os especialistas, então, avisaram as vitórias régias sobre o meteoro que iria ser jogado na terra e perguntaram se elas queriam ajuda para se abrigarem. As vitórias régias agradeceram mas disseram que não precisariam. As vitórias régias utilizaram seus laboratórios para criar compostos químicos e físicos para "blindar" uma caverna subterrânea (a milhares de quilometros da superfície do mar, tão profunda que um humano morreria pela pressão existente já na metade de tal profundeza).
O meteoro finalmente foi lançado na terra, as vitórias régias através do estudo do ar atmosférico perceberam e então se abrigaram na caverna subterrânea. Quando as coisas melhoraram elas voltaram a superfície e à sua vida normal.
Os alienigenas queriam instalar equipamentos para o estudo do ar terrestre mas perceberam que seria caro e poderia ser descoberto ou destruído pelos terrestres. Logo viram que seria muito mais simples utilizar as vitórias régias, que estudariam o ar e mandariam as informações para eles. As vitórias régias concordaram e novamente se associaram aos aliens. E até hoje todo estudo que as vitórias régias realizam elas enviam através de seus laboratórios internos onde há transmissão direta com rede de fios extraterrestres, invisíveis a meros olhos humanos porque transmitem fragmentando microscopicamente a matéria cujos átomos se transportam em fração de microcentéssimos de segundo, e ao chegar ao sistema tecnológico de recebimento de informação dos alienígenas, os átomos se reagrupam na forma da matéria original.
Provavelmente não há nada que estudou melhor o ar terrestre do que as vitórias régias, e mesmo se um cientista abrir uma delas ao meio nunca poderá chegar aos seus estudos.
E assim se termina essa história que dura milhões de anos e continuar a se perpertuar nos dias que correm...
Pensamentos que uma menina perdeu por aí
Ela não estava em seu estado normal naquele dia, mesmo que isso fosse imperceptível, ela nunca entendeu por que agira daquela maneira, ela sentiu-se mal por ter agido daquela maneira... Aquilo não deveria ter sido, mas se foi ... teve ter tido alguma razão para isso, ela pensou. Ela fechou-se em si mesma ... Nos momentos em que a tristeza a cobriu ela não gostava de ser consolada por estranhos, ou mesmo por alguns amigos, ela sempre preferia que sua única companhia em sua tristeza fosse a solidão, apesar de que muitas vezes desejasse ter o abraço silencioso de um(a) amigo(a), nesse momento ela não queria ouvir nenhuma palavra, absolutamente nenhuma palavra. Queria apenas que suas lágrimas caíssem livremente estando no conforto de um abraço amigo e na ausência deste, no conforto de um abraço solitário. Realmente ela não gostava de ouvir vários estranhos falando frases clichés que só pioravam seu estado de espírito, por melhor que fosse a intenção. Mas porque então naquele momento ela agiu daquele jeito? Ela ao ver uma garota chorando... Porque ela teve que se aproximar? Ela mal conhecia aquela menina mas algo a impulsionou a se aproximar dela. Outras pessoas estavam lá. Algo a fez querer saber o que estava acontecendo com aquela menina, querer abraçar aquela menina, querer consolar aquela menina, então quando alguma frase que saiu de seu inconsciente foi pronunciada... Ela então percebeu que estava sendo inconveniente, que estava fazendo aquilo que não gostava que fosse feito com ela... Ela se desculpou, mas se desculpou para quem? Ela saiu dali... Porque fez aquilo? Porque agiu daquele jeito? Então ao voltar a si mesma percebeu: talvez aquilo que arrancou tantos lágrimas no ano passado a fez mais sensível ao sofrimento do próximo e por isso que ela fez aquilo... Ela estava mais sensível... mais sensível... Ela sabia que aquela menina estava sendo consolada por pessoas mais recomendáveis que ela... Sentiu uma dor em seu coração por aquilo e sentiu uma dor mais forte ainda ao perceber: Quando uma pessoa pouco conhecida estiver chorando e estiver sendo consolada, ela não irá se aproximar, deixará aquela vida expelindo sua melancolia na forma de lágrimas enquanto ela continuará sua vida. Falar com aquela vida triste será apenas uma inconveniencia mesmo que doa a deixar daquele jeito.
Então ela fechou seus olhos e pensou: "Talvez por isso nossa condição humana seja sensível e fria como os entrelaços das estradas das vidas."
Então ela simplesmente voltou a fazer aquilo que estava fazendo antes daquilo... É estranho que a vida seja mais ou menos assim.
Então ela fechou seus olhos e pensou: "Talvez por isso nossa condição humana seja sensível e fria como os entrelaços das estradas das vidas."
Então ela simplesmente voltou a fazer aquilo que estava fazendo antes daquilo... É estranho que a vida seja mais ou menos assim.
Palavras que joguei ao vento
Antes de começar a escrever minha poesia(?) (se assim ela poder ser considerada =P), eu gostaria de esclarecer que ela muito provavelmente não está completa ou acabada, ou seja: provavelmente, no futuro, farei algumas modificações na mesma. Então porque começar esse blog por ela ? Não sei exatamente porque, apenas senti que deveria, seu conteúdo tem haver com o título que acabei colocando no blog, escrevi-a de um fôlego só e ficou mais longa do que eu gostaria (provavelmente eu a diminuirei depois), apenas fazendo algumas pequenas modificações depois. Mas como já faz mais de um ano que a escrevi, apesar de eu ainda achar que ela não está muito boa =(,acho que seria bom escrever-la aqui, para ter uma idéia melhor sobre sua a situação de sua constituição.
Peguei minhas palavras
e joguei-as ao vento
para nem elas, nem mais nada
poderem ouvir meu lamento
Assim como agora pulsa em mim a vida
Um dia a morte estará ao meu lado
e até o dia da minha ida
terei que carregar esse fardo
Da morte, ainda não vi a cara
mas senti seu vulto passando por mim
E ó vida, minha cara
Perdi um pedaço de você assim
Ainda não ultrapassei a barreira da morte
Apesar de tudo, continuo no caminho da vida
Mesmo com o pedaço perdido da vinda
da minha dor mais forte
Minhas experiências com a morte são parcas
Porém, intensas
E me deixaram eternas marcas
Que serão para minha alma, amargas doenças
Meu sofrimento se foi com minha lágrimas
mas as cicatrizes ainda doem fortemente
Ainda afundo as minhas mágoas
Musicando-as solenemente
Com os doces e amargos
sons da vida e da morte
vejo meus cegos passos largos
destinados a própria sorte
Assim ando nesse caminho invisível
de curvas e trilhas desconhecidas
com sentimentos indizíveis
e sem quedas amortecidas
Andando sem poder ver o que vai vir
assim, é a vida
E apesar de tudo, vivo-a a sorrir
até o momento em que ela estiver perdida
E quando a vida eu tiver perdido
Que pelo menos com minhas alegrias e tristezas
Vislumbrando o sonho, já ido
Como música meu espírito esteja
Peguei minhas palavras
e joguei-as ao vento
para nem elas, nem mais nada
poderem ouvir meu lamento
Assim como agora pulsa em mim a vida
Um dia a morte estará ao meu lado
e até o dia da minha ida
terei que carregar esse fardo
Da morte, ainda não vi a cara
mas senti seu vulto passando por mim
E ó vida, minha cara
Perdi um pedaço de você assim
Ainda não ultrapassei a barreira da morte
Apesar de tudo, continuo no caminho da vida
Mesmo com o pedaço perdido da vinda
da minha dor mais forte
Minhas experiências com a morte são parcas
Porém, intensas
E me deixaram eternas marcas
Que serão para minha alma, amargas doenças
Meu sofrimento se foi com minha lágrimas
mas as cicatrizes ainda doem fortemente
Ainda afundo as minhas mágoas
Musicando-as solenemente
Com os doces e amargos
sons da vida e da morte
vejo meus cegos passos largos
destinados a própria sorte
Assim ando nesse caminho invisível
de curvas e trilhas desconhecidas
com sentimentos indizíveis
e sem quedas amortecidas
Andando sem poder ver o que vai vir
assim, é a vida
E apesar de tudo, vivo-a a sorrir
até o momento em que ela estiver perdida
E quando a vida eu tiver perdido
Que pelo menos com minhas alegrias e tristezas
Vislumbrando o sonho, já ido
Como música meu espírito esteja
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